#TBT TAYLOR SWIFT - RED (2012)

     (Atenção: Red é o álbum e Red é a música do álbum, todos os outros álbuns citados estão em itálico)

    Hoje foi um dia movimentado, tivemos aniversário de 10 anos do One Direction, Demi Lovato anunciando noivado e Taylor Swift anunciando seu oitavo álbum: folklore. Não sou fã do 1D nem da Demi, mas parabéns aí para eles e tudo de bom daqui pra frente. Já com a loirinha o negócio é diferente e o anúncio combinou com esse post, pois desde o início da semana tinha decidido fazer um review do Red (2012) no #tbt. 

    Taylor Swift e eu somos conhecidos desde 2010 e quando You Belong With Me parou de passar na Multishow paramos também de nos importar um com o outro. Como qualquer pessoa na internet, acompanhei o evento que foi o lançamento de 1989 (2014), o “vô ixpor ela na internet” de 2016 e o Reputation (2017). Ano passado - por sugestão de uma amiga – comecei a ouvir os álbuns da mulher e eles mudaram a imagem dela na minha cabeça (por anos só escutei YBWMShake It Off).

    Dos sete álbuns, meu favorito é o Red. Eu gosto de pop e de country, então gosto de country pop, que é o que domina esse álbum junto com o pop rock. Aqui também é o auge da transição do caminho da roça (sossegue) para a cidade, algo que ela já tinha começado no Fearless (2008).

    Alguns podem dizer que Taylor Swift é sem sal, só que não estou aqui pela imagem de diva lacradora icônica [insira aqui a expressão gay do Twitter que você quiser usar] que ela não passa, mas sim pelas músicas e as letras que essas carregam e isso Taylor consegue fazer muito bem. Goste você ou não, ela é uma ótima compositora e sabe usar isso para compensar suas fraquezas diante de outros artistas.

    Red possui algumas das letras mais impactantes que já ouvi e elas falam de amor - com o outro e com si mesmo, de desilusões e de superação também. Finalmente, as minhas faixas favoritas são:

    State of Grace: algo que todo mundo já falou e não custa falar de novo é que essa tem muita influência do U2 e outras bandas de rock alternativo. State of Grace fala do estado de graça (sim) de estar apaixonado, as emoções, as marcas que são deixadas e, claro, sobre como o amor não é algo que podemos prever. A própria Taylor já disse que funciona como um panorama do álbum e quem sou pra discordar? Por fim, sou apaixonado pelo instrumental dessa música e torna Red o álbum com a melhor abertura dentre os sete.

    Red: Deus, como eu amo essa música. Não estava esperando alguma coisa quando ouvi Red pela primeira vez, mas aí o refrão chegou e com ele os “re-e-e-ed” e simplesmente me apaixonei. Além desse solo de guitarra misturado com banjo (que também abre a faixa) que faz isso ser uma bagunça, uma hora é pop, depois é country e depois é rock e eu só tenho a agradecer quem fez isso. A letra, divertida e inteligente, compara sentimentos com cores e o amor era é vermelho ardente no espectro Taylor Swift e isso justifica o nome do álbum.

    All Too Well: fazer um review do Red e não falar de All Too Well poderia até derrubar meu blog. “Faroeste Caboblo” versão gringa foi a primeira a ser composta para o álbum e a TS passou meses colocando e retirando versos. É a história de um relacionamento, das partes boas e das partes ruins e de como tudo acabou “so casually cruel in the name of being honest”. Taylor tem memória de elefante e lembra de tudo muito bem, obrigado.

    All Too Well é muito mais rock do que country com vários solos de guitarra e uma bateria presente em toda a música que ajuda a dar um tom épico e nos momentos mais emocionantes ela se limita ao violão, muito inteligente. Entendo ser a música favorita dos fãs? Sim. É minha música favorita? Nem desse álbum.

    I Almost Do: aqui vemos a mulher também relembrando um relacionamento e dizendo que custa tudo a ela conseguir ficar sem ligar de novo para o cara, não aceitar uma segunda chance (mesmo que seja apenas nos sonhos), não dizer “Olá” e arriscar um novo “Adeus”. Ao mesmo tempo, ela gostaria de poder correr até ele e gostaria de poder tentar de novo, mas no fundo sabe que é melhor manter distância.

    Músicas como I Almost Do ajudam a explicar como TS consegue se manter popular mesmo com o passar do tempo e as confusões que envolveram sua reputação. Ela é completamente vulnerável na maioria das suas composições e suas histórias acontecem o tempo todo com todos nós, então ouvi-la não é como ouvir uma artista super popular, mas uma amiga contando sobre sua vida ou mesmo nos ouvir contando histórias a outro amigo.

    Holy Ground: olá amigos, lhes apresento minha música favorita da Taylor Swift, mais uma vez “aqui é a patroa falando”. Não sei por qual razão gosto tanto de Holy Ground, talvez sejam os versos que ela canta rápido (e eu particularmente gosto), a letra que guarda com carinho e respeito um amor que já passou, a mistura pop-country-rock, esses uivos no final da música, tudo se completa muito bem aqui. É uma canção simples, mas com uma mensagem forte e madura.

   The Lucky One: falando em canções simples, mas com mensagens fortes, The Lucky One é um soco no estômago para quem vê o mundo das celebridades como algo sempre glamoroso, tudo isso aliado a um instrumental simples. É incrível a capacidade que Taylor tem de falar tantas coisas em poucas linhas e se você nunca procurou saber sobre o que ela está cantando aqui: PROCURE. Em termos de letra, é minha favorita não apenas do Red, mas de toda a carreira.

   Begin Again: a reta final do Red não foi a coisa mais fácil de ouvir, pois músicas tristes (as baladas) só me descem quando estou no clima e quando ouvi na primeira vez não estava no clima. Quando Starlight chegou eu pensei “amém”, mas aí veio Begin Again e nem consegui terminar de tanta chatice. Umas semanas depois fui assistir o clipe e naquele dia o meu humor estava em sincronia com o vídeo e claro que finalmente senti a magia dessa música.

    Begin Again deve ser uma das mais “country raiz” do álbum e me lembrou bastante do Speak Now (2010), e o Senhor sabe o quanto já me emocionei ouvindo essa música. Já dizia minha amiga “espero um dia ter um relacionamento que possa ouvir ela e pensar: olha isso mesmo”. Como a faixa está falando sobre um homem, nunca serei capaz de sentir na pele a história contada aqui, mas me emociono do mesmo jeito pela letra e pela fragilidade na voz da Taylor e o instrumental.

   É indiscutivelmente bonita e eu não espero ter essa experiência com minha futura namorada/esposa porque se a música já dói tanto, não quero a versão prática, prefiro apenas ter empatia pela história.

    Com relação às outras músicas do Red, eu só não gosto de duas: Sad Beautiful Tragic e Stay Stay Stay (pra contrastar com minha favorita do 1989, All You Had To Do Was Stay). A primeira porque acho chata e repetitiva e a segunda porque é uma cópia barata de Ours, que é top 3 do Speak Now. Todos os sete álbuns têm uma música fofinha, mas Stay x3 não me desce. Sobre os singles, com o tempo aprendi a gostar de 22 e Everything Has Changed, que tem participação do basicão Ed Sheeran, então hoje posso dizer que gosto de todos eles.

    Apesar de ter sido lançado em 2012, Red só envelheceu no quesito letra, pois Taylor mudou seus conceitos sobre amor. O álbum soa tão atual quanto quase 8 anos atrás e é um ótimo fechamento para a fase country e, ao mesmo tempo, um pequeno passo rumo ao pop que, a essa altura, era inevitável na vida dos fãs (é sério que o mundo ficou surpreso quando Shake It Off saiu?).

Comentários